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terça-feira, 27 de julho de 2010

Pintando um sorriso por cima da mascara

Este domingo enquanto dava razão aos que me chamam desocupada, assistindo O fausto silva e sua final da dança dos artistas, quase morri torturada por minha Própria necessidade de não perder! Mesmo que Um palpite, ele para mim tem que estar sempre certo. E foi muito desesperador ver minha preferida Sharon, perder. Mas,algo estava para acontecer, Logo após divulgado o resultado, foi dado o inicio de um espetáculo de dissimulação por parte da vencedora, que fazia cara de desespero com uns rompantes de descrença, um rosto totalmente incrédulo com alguns tremeliques, então a perdedora imediatamente utilizou suas próprias mãos para quase que esculpir um sorriso no rosto de sua vencedora. Este gesto de Sharon me levou imediatamente para uma sala de aula há uns seis anos, quando minha professora de literatura me deu a tarefa de transformar um poema em paródia, como é o nome original da obra, não recordo, mas minha paródia marcou minha vida, Chamava-se: Sete chances de ter face. Algumas frases soltas eu ainda lembro como; (o homem atrás da mascara pode ser sério e pode ser triste só não pode conversar), este dia foi mais um dia de descoberta na vida de um jovem ser, antes mesmo de conhecer sheron e sua dança, eu soube que as mascaras existem, tantas que morrerei sem conhecer todas, mas o pior para minha jovem alma era aceitar que morreria sem descobrir quem esta por traz de todas as mascaras que vivem ao meu redor, mascaras tão queridas, amadas por mim, cuidadas, invejadas, elas me fazem rir, me irritam, dão razão a minha vida. Parece insano pensar nestas pessoas como mascaras como frutos do meio, mas este mesmo argumento que me torna insensível, nada passional e até pessimista, é o que me permite perdoar os portadoras de mascaras que amo e os que odeio. Perdôo porque sei que as mascaras são passageiras, sei que o portador administra suas mascaras como pode, até porque, elas são oportunistas, umas são obedientes, outras dão lugar a próxima quando julgam necessário, automaticamente e rápido que até seu portador demora a aceitar.
Não culpo as mascaras pela falsidade, a dissimulação, a sensualidade, a sordidez, o amor inventado, e muito menos pelos elogios comprometidos. As considero necessárias, é por elas que experimento o amor e ódio, é por saber de sua existência que sei ser possível amar e odiar ao mesmo tempo, nada é tão imperfeito, nada é tão completo. Ao passo que cada portador possui muitas mascaras posso dizer que amo os portadores, mesmo aqueles que não sabem bem como controlar suas mascaras, os chamados (inocentes). Amar o portador não me obriga a amar sua coleção de mascaras, amo aquelas que me favorecem ou que combinam com as minhas, sempre tive para mim a estratégia de que se porventura uma das cretinas aparecerem em meio a uma conversa amigável, teria eu duas opções: retirar-me juntamente com minha mascara de amor, ou imediatamente trocaria por outra mais adequada à companhia. Depois de Sheron tentar forçadamente pintar um sorriso por cima da mascara, percebi que não posso eu com minhas próprias mãos obrigar o portador a trocar sua mascara para uma que me agrade, que me fará feliz, ou que até mesmo no caso de Sheron não tire a dignidade da mascara que eu mesma esteja utilizando. O sorriso da derrota foi acolhedor e tão dissimulado quanto o da Vencedora,Porém, ele cabia perfeitamente a ocasião, mas a Expressão da vencedora contrastava enormemente com tudo, tornando visível que a atriz na soube lançar mão de sua coleção. Ato desesperado de sheron aquele, mas quando se percebe que são mascaras e momentos adequados que fazem seus portadores isto ou aquilo temos a necessidade de obrigar o portador a trocar (como fez a vencida com a vencedora) ou caímos em desespero e medo de jamais conhecer a face real de quem amamos, ou de nossos oponentes. Só o que sei até então é que talvez a resposta esteja justamente em nós mesmos, quando reconhecermos nossas mascaras e um dia nos despirmos delas, aprenderemos a viver o vazio de um rosto ainda por mascarar, encontraremos o provável portador que habita em todo ser humano. Quem sabe o mais verdadeiro seja realmente se perder para construir e escolher a mascara que tem mais a contar sobre nossa face interior de eternos portadores de mascaras!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Fujo do cotidiano que às vezes parece querer me engolir,


Obrigado pelo espaço que me cedes, a partir do momento que me permite esconderijos secretos, minhas palavras me salvam, me guiam, retiram a cordão da forca desta vida, e é você meu amigo que desata este nó, quando cria movimento a estas palavras, pois na mente nada para, somente transita...

Minhas letras ganham o sopro de vida neste momento é podem se considerar pessoa humana...

Hoje e sempre

Hoje é como sempre um presente esperado, executado, maltratado e desviado para o amanhã... Tenho vivido cada dia como se fosse o ultimo, mas implorando para que o amanhã chegue e eu possa tomar fôlego neste meio tempo que o presente e o futuro me reservam quando se encontram lá de tardezinha... Exploração quase que total das possibilidades de um ser, é o que estou vivendo neste momento... Digo quase porque espero ser capaz de extrair muito mais desta vidinha aqui que me foi concebida, fazer valer a pena todos os dias é um desafio que não abro mão de desafiar... Mas, contudo vou descobrindo que estar no meio fio é o que traz verdadeira felicidade, equilíbrio, meio termo, tenta mais um, quem sabe na próxima? Isso tudo é uma arte...


Espero realmente que tenha tempo suficiente para manter minha obra prima em constante construção... Inacabada sempre a cada dia... E que venham as próximas cores

sábado, 30 de janeiro de 2010

Sentença de vida

Paro para pensar se são as tragédias, doenças, fome, ignorância ou a simples falta de sorte que leva uma pessoa a fossa dos pensamentos, ao lodo da existência. Engraçado, até parece que quero dar um quê darck ou pisicodélico a isso, mas não, é mais porque estou tomada por uma sensação raríssima, aquela que permite segundos de falta da razão, aquela que transborda o cantinho das emoções e não permite espaço a mais nada de supostamente racional, usual, cultural. Quando mais nada faz sentindo, quando por segundos perdemos o fio da meada, que sentimos realmente, que o corpo fala pela alma, que ele pede por socorros, que ele clama por clemência, vem buscar o que lhe pertence.E neste momento, neste encontro bem dito, neste acerto de contas, encontra-se a pior das catástrofes, se percebe que o já construído em toda uma estrada foi exatamente o que o destruiu, sem querer, por saber, por querer saber. É exatamente nestes vãos momentos quando a alma consegue um equilíbrio com o corpo, quando a razão abre espaço ao que á de puramente divino nos seres humanos. Algo que era para ser sublime, passa a ser o inferno interior, porque em nome desta inteligência disfarçada, mascarada, calculada, Ferimos o corpo magoamos a alma. Todos os dias somos discretamente mutilados, por nós e por todos, mutilamos também. E em algum segundo, minuto, minutos, no escuro, no por do sol, talvez em baixo das cobertas ou até mesmo presenciando tragédias e catástrofes, permitiremos que a alma venha sorrateiramente, despercebida até então, e proteste ao corpo, a divindade que lhe foi concebida antes mesmo de nascer. Ai sofremos como seres humanos, ai sofremos como manifestações divinas. Ai morremos e voltamos a razão.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Hoje a Festa é sua Hoje a festa é deles

Enfim, ai estamos nós, Ano novo, vida nova exclamam os otimistas, que não são poucos, porque em época de inicio de ano o otimismo parece ser uma epidemia. Paz e amor nos são impostos na telinha e por outros meios de comunicação.
Que todos nós temos o desejo de paz e a capacidade de amar, mesmo que ainda em potencial, sem sair do papel para pratica, é fato não consumível, mas é fato.
O amor que “eles” nos rogam, imploram e nos remetem quase que forçadamente, é aquele amor que não permite sanidade. Que atrapalha o raciocínio.
E “Eles” Gritam “que vivamos todos na loucura de amar”
“Eles” sabem que precisamos da tal esperança, e que sem ela nada na vida se alcança
“Eles” precisam de otimistas, visionários, bancários...
Sabem que para aqueles que tudo esperam e nada vêem... só uma febre de amor otimista pela vida o fará mover até uma urna eletrônica e entregar a esperança que mesmo na sua desconfiança se entrega, será que presta? Mas é Carnaval é futebol, explode coração na maior felicidade porque a vida é bonita e é bonita...
É desse amor que “eles” falam, é isso que “eles” querem... É paixão é raça... Rima com mendigos dormindo na praça? Champagne e taça? Tudo tão confuso como deve ser.
Tanta confusão que somos obrigados a votar com o santinho na mão. Tanta confusão que nem sabemos que são “eles’’. Mas “eles’’ existem, alias existem mais ‘’eles” do que se pode imaginar, “eles” fantasmas, “eles” por de baixo dos panos, “eles” com meias milionárias ... Enquanto isso, os nóis fazemo um pézinho de meia pra compra a roupa branca do ano novo do paz e amor... Nada contra esperança, paz e amor não, e por incrível que pareça sou a favor do otimismo, mas pelo otimismo saudável que nos permite escolher, enxergar, exigir e quem sabe, através deste otimismo aplaudir um novo ano novo, sem “eles”, sem meias milionárias mas com os pés na terra, esta terra tão linda, mas que ainda é sofrida a muitos primeiros de janeiros.
Por todos os cantos existem prantos que se forçam a ser esquecidos por um tal de otimismo que surge a cada “eles” novos que aparecem.
Mas a vida continua,
Feliz ano novo muito amor aos próximos que o Papai Noél se esqueceu de presentear, paz de consciência a “eles” que fazem ou não por nós, e a nós mais do que nunca lembrança do ano velho na hora que chegar a esperança de “eles” igual à mudança.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Bichanos Cavanhaqueses

É impressionaste como nossa mente trabalha através do que enxerga... Enxergamos, pensamos, rotulamos, constatamos, nos impressionamos e até mesmo nos decepcionamos sem precisar ouvir uma só palavra
Homem de óculos com bolsa transversal e calçando all star é intelectual e provavelmente cursa humanas... Mulheres gordinhas que andam de tenis e moletom são sempre simpáticas, as velhinhas são inofensivas, e em contra partida temos os velhos tarados...é como se nossa vida fosse um palco é nós os diretores, criando personagens e personalidades para todos que nos cercam...E é nessa qualidade de autora de personalidades ficticias que me pergunto?esses indícios são reais... nós mandamos mensagens subliminares do que somos? das nossas intenções?personalidade?Difícil dizer o que realmente é fato, projetamos muito de nós em tudo e em todos, medos, traumas, desejos, preconceito, conceito e tralala, mas o que sei é que nossas espécies são variadas, algumas nomeavéis a moda cultural, outras que não foram descobertas, existem também as em extinção, como por exemplo os da cordialidade etc mas isso é outro assunto.
Vamos nos ater a espécie mais popular entre as mulheres... a dos cavanhaqueses, neste mundo micelânico de cavanhaques assimétricos nos perdemos...sim o pensamento de que "Homem de cavanhaque é canalha" é mundial,o cavanhaque é quase que documento de identificação do individuo, temos os claros, os escuros, os espessos, os ralos e até em pontinhos que vão ganhando forma.Tem para todo gosto, e o legal é que vem escrito na testa do dono da cavanha: Quer pagar quanto?
Não odeio os cavanhaqueses, amo os animais, e isso inclui os racionais também, não importa a espécie, e se não fosse esta marca registrada como iríamos deferencialos dos demais? Em um mundo a onde tempo é dinheiro precisamos de sinais para não perder tempo conversando. Assim como o cavanheque pode ser para muitas um sinal vermelho ou até mesmo amarelo... outras esperam ansiosamente pelo verde, porque os cavanhaqueses estão sempre ocupados..." uma de cada vez". Eu mais os admiro do que qualquer outra coisa, o galantear, o sorriso entreaberto, a expressão dos olhos quando prestando a atenção em algo, já notou que em um dia de crise existencial eles nos fazem lembrar de como somos belas? Nós fazem rir com piadinhas fora de hora e é surpreendente a forma com que conseguem fazer toda é qualquer frase se transformar em cantada, é quase uma arte... Apesar de não estarem na lista dos top 10 para bons maridos estão com certeza na lista dos que aumentam nossa auto-estima... Pois os cavanhaqueses legítimos são inteligentes o bastante para galantear com educação e respeito, o resto é imitação barata... A maioria das mulheres querem distancia, mas o engraçado é que os" pra casar", estão em extinção enquanto que os" cavanhaqueses" crescem cada vez mais. Então eu contesto; qual bichinho esta sendo bem tratado?


Espécie interessante, porem perigosa, mas perigosos até os felinos são, e muitas de nós tratamos como bichinhos de estimação, colocamos dentro de nossos lares, os chamamos por apelidinhos carinhos e damos até leitinho para eles.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Ode o espelho

Embora se trate de um objeto cujo a finalidade é de reparos a uma certa imagem que não se sente bem. Lanço mão deste quando tenho a convicção de que estou em minha perfeita ordem, do contario não ousaria olhar aqueles olhos que tudo dizem e a tudo enxergam, e que quando em reflexo me entregam a mas profunda decepção.
Se não for por convicção, o que mais poderia me levar a tal atitude?
Somente o impulso de mulher contrariada, que precisa imediatamente conferir suas certezas interiores. E é no reflexo que se tornam visiveis e imutaveis.

É no silêncio

Se me procuro te encontro
eu te encontro sem te procurar
se te procuro não me encontro
e assim eu perco mesmo sem achar
e mesmo nesses desencontros
a tua boca vem me procurar

E eu olho
eu entrego
mastigo
sussurro pra mim
se percebo
Renego
e finjo estar fora de mim
dos teus olhos não me enxergo
só dos olhos do espelho que sim
da tua boca eu espero
as palavras que cabem em mim

Neste ponto desencontro
e me escapa o instante de olhar
só me resta
o segundo
da tua boca em silêncio beijar...
 
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