sábado, 30 de janeiro de 2010

Sentença de vida

Paro para pensar se são as tragédias, doenças, fome, ignorância ou a simples falta de sorte que leva uma pessoa a fossa dos pensamentos, ao lodo da existência. Engraçado, até parece que quero dar um quê darck ou pisicodélico a isso, mas não, é mais porque estou tomada por uma sensação raríssima, aquela que permite segundos de falta da razão, aquela que transborda o cantinho das emoções e não permite espaço a mais nada de supostamente racional, usual, cultural. Quando mais nada faz sentindo, quando por segundos perdemos o fio da meada, que sentimos realmente, que o corpo fala pela alma, que ele pede por socorros, que ele clama por clemência, vem buscar o que lhe pertence.E neste momento, neste encontro bem dito, neste acerto de contas, encontra-se a pior das catástrofes, se percebe que o já construído em toda uma estrada foi exatamente o que o destruiu, sem querer, por saber, por querer saber. É exatamente nestes vãos momentos quando a alma consegue um equilíbrio com o corpo, quando a razão abre espaço ao que á de puramente divino nos seres humanos. Algo que era para ser sublime, passa a ser o inferno interior, porque em nome desta inteligência disfarçada, mascarada, calculada, Ferimos o corpo magoamos a alma. Todos os dias somos discretamente mutilados, por nós e por todos, mutilamos também. E em algum segundo, minuto, minutos, no escuro, no por do sol, talvez em baixo das cobertas ou até mesmo presenciando tragédias e catástrofes, permitiremos que a alma venha sorrateiramente, despercebida até então, e proteste ao corpo, a divindade que lhe foi concebida antes mesmo de nascer. Ai sofremos como seres humanos, ai sofremos como manifestações divinas. Ai morremos e voltamos a razão.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Hoje a Festa é sua Hoje a festa é deles

Enfim, ai estamos nós, Ano novo, vida nova exclamam os otimistas, que não são poucos, porque em época de inicio de ano o otimismo parece ser uma epidemia. Paz e amor nos são impostos na telinha e por outros meios de comunicação.
Que todos nós temos o desejo de paz e a capacidade de amar, mesmo que ainda em potencial, sem sair do papel para pratica, é fato não consumível, mas é fato.
O amor que “eles” nos rogam, imploram e nos remetem quase que forçadamente, é aquele amor que não permite sanidade. Que atrapalha o raciocínio.
E “Eles” Gritam “que vivamos todos na loucura de amar”
“Eles” sabem que precisamos da tal esperança, e que sem ela nada na vida se alcança
“Eles” precisam de otimistas, visionários, bancários...
Sabem que para aqueles que tudo esperam e nada vêem... só uma febre de amor otimista pela vida o fará mover até uma urna eletrônica e entregar a esperança que mesmo na sua desconfiança se entrega, será que presta? Mas é Carnaval é futebol, explode coração na maior felicidade porque a vida é bonita e é bonita...
É desse amor que “eles” falam, é isso que “eles” querem... É paixão é raça... Rima com mendigos dormindo na praça? Champagne e taça? Tudo tão confuso como deve ser.
Tanta confusão que somos obrigados a votar com o santinho na mão. Tanta confusão que nem sabemos que são “eles’’. Mas “eles’’ existem, alias existem mais ‘’eles” do que se pode imaginar, “eles” fantasmas, “eles” por de baixo dos panos, “eles” com meias milionárias ... Enquanto isso, os nóis fazemo um pézinho de meia pra compra a roupa branca do ano novo do paz e amor... Nada contra esperança, paz e amor não, e por incrível que pareça sou a favor do otimismo, mas pelo otimismo saudável que nos permite escolher, enxergar, exigir e quem sabe, através deste otimismo aplaudir um novo ano novo, sem “eles”, sem meias milionárias mas com os pés na terra, esta terra tão linda, mas que ainda é sofrida a muitos primeiros de janeiros.
Por todos os cantos existem prantos que se forçam a ser esquecidos por um tal de otimismo que surge a cada “eles” novos que aparecem.
Mas a vida continua,
Feliz ano novo muito amor aos próximos que o Papai Noél se esqueceu de presentear, paz de consciência a “eles” que fazem ou não por nós, e a nós mais do que nunca lembrança do ano velho na hora que chegar a esperança de “eles” igual à mudança.
 
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